18 de abr. de 2011

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“Oh mirror in the sky, what is love?
Can the child in my heart rise above?” 
Landslide.

Deitada sob as estrelas, perguntava-se para onde ia aquele tempo que já não vinha, onde estavam as lembranças já esquecidas, porque as pessoas simplesmente iam embora sem avisar. As estrelas não respondem, não tiram dúvidas. A verdade é que grande parte das estrelas que enxergamos já morreram há muito tempo. E os mortos não conversam.

Brilhava acima dela um céu infinito quando finalmente entendeu que a vida era isso: uma busca incessante por respostas. Respostas que talvez nunca fossem encontradas. Mas as estrelas servem como um espelho para quem realmente as vê. O brilho involuntário de quem já não se importa, e mesmo assim embeleza a noite dos homens.

Não, os mortos não falam, mas eles ainda existem, as estrelas são prova disso. Os mortos existem, sim, e que alívio! Porque um dia todos vamos estar mortos, mas ainda vamos poder existir, de qualquer forma, não vamos? Brilhar, iluminar e ser, mesmo sem viver. Isso seria ótimo.

Stars
Foto por ~Tiberius47 em www.deviantart.com

4 comentários:

Geovanna A. disse...

Me lembrou quando meu avô morreu. Me disseram que ele virou uma estrela...
lindo texto :D

Ana Stiehl disse...

Obrigada Geovanna, volte sempre. =)

Unknown disse...

seus textos são lindos
Bjos
http://jayfereguetti.blogspot.com
@jayfereguetti

Ana Stiehl disse...

Obrigada! Volte sempre ;*