Isso é o mais estranho sobre como as coisas mudaram em, o quê, quatro anos?
Desde a minha sétima série eu venho tentando entender a mente dos jovens, a minha própria mente. Todo mundo teve a sua idadezinha rebelde, mas isso parece estar acontecendo cada vez mais tarde, ou então sei lá eu, durando mais. O fato é que quando eu estava na sétima série (e tinha 13 anos), a moda era ser emo. O all star começou a ser comercializado por 80 reais (um abuso, falei) e o preto virou luxo nas rodinhas da gurizada. É, fases são fases, mas aquilo não durou nem um ano, a verdade é essa. Quando se é menor, existe aquela "gana" de chamar a atenção e ser diferente, e realmente isso era difícil há quatro anos atrás, sabe-se lá porquê. E daí? Daí começou a ser mais frequente a história de "quanto mais estranho, melhor". OK, coisa de criança e jovem, o que se pode dizer?
Agora, francamente! É difícil tu achar um adolescente NORMAL na rua hoje em dia! O normal é ser diferente, o diferente é ser normal e aí ferra tudo porque, para todos os lados que tu olhe, tem gente colorida brigando com gótico, fã de Luan Santana falando mal do Felipe Neto, gente feia na novela com o cabelo parecido com aqueles sertanejos do tempo do ÊPA, mola de telefone dos anos 60 enrolada nos pulsos e tudo o que se pode imaginar. Daí eu digo: O QUE TEM DE DIFERENTE NISSO? Eu até fico indignada, ein. Isso não é diferente daquilo que se vê, daquilo que se ouve. A moral é que é moda gostar de músicas barulhentas e sem sentido, usar roupa colorida pra ser popular, sorrir pra todo mundo e dizer que ama, ser bissexual porque o seu ídolo é, escrever miguxês na internet... Isso não passa de uma verdadeira palhaçada.
O que era usado em protesto antigamente, como o surgimento dos Hippies, que fizeram parte da história, criando um movimento a favor de um ideal, hoje é usado pra escandalizar e não passa de uma farsa. Isso não choca a sociedade; não mais. Todos esses rótulos não nos definem se não há ideais. E não há ideias nas ideias mesquinhas.